a rua.

a rua onde tu chegavas todos os dias de madrugada nos dias quentes de verão. tocavas a campainha, abria-te a porta cheia de sono e deitávamos até o sol acordar. quando fosse dez horas, beijavas-me e dizias que já estava na hora. eu virava-me para o lado esquerdo da cama, enquanto tu te vestias rapidamente. beijavas-me novamente e dizias: até amanhã, minha princesa. 

abrias a porta, e chamavas o elevador. passado 2 minutos, o telemóvel vibrava debaixo da almofada. atendo sem ver quem é e a voz diz-me: anda a janela do teu quarto e olha para a rua. levanto-me, em roupa interior e quando chego a janela, vejo-te naquela rua, com as calças  e os boxers para baixo. começo me a rir e digo que tu és maluco. tu respondes-me: sou maluco é por ti namorada.

 a rua do passado!